Hoje muitas pessoas tem trabalhado na construção de uma marca pessoal, e boa parte das matérias publicadas recentemente sobre o assunto, confunde o tema com a expressão marketing pessoal. Um pequeno engano, mas de muito significado.
Marca pessoal diz respeito a uma imagem real construída ao longo da vida de qualquer pessoa, com base em suas experiências e seus valores, que tanto podem ter características positivas (adequados aos padrões da sociedade), como negativas (criticados por essa mesma sociedade). Não estou falando aqui de certo ou errado.
Aqueles que são positivos resultam da vitória da pessoa sobre suas "emoções", como a tolerância, a cordialidade, ou a serenidade, só para citar alguns; enquanto os valores tidos como negativos são aqueles originados na impulsividade, produzida pelos instintos animais que ainda carregamos latentes em nosso subconsciente, tais como a preguiça, a camuflagem (falsidade ou mentira na linguagem atual), e a ferocidade. É com base nesses valores, que iremos construir o conceito de nossas marcas pessoais.
Já o marketing pessoal pode ser definido pela forma como utilizamos esses conceitos a nosso favor, quer em base profissional ou social. Ou seja, construímos uma imagem comercial, um "EU S/A" elaborada a partir de valores que apreciamos, sejam eles negativos ou positivos; e assim, podemos nos “vender’ para o mundo como uma pessoa sensata, equilibrada, bem humorada, e que tem especialidades e conhecimento em uma ou várias áreas ditas profissionais, isto pode nos fazer ganhar fama e dinheiro com a imagem, de forma correta ou não. É isso que chamo de "EU S/A".
Novamente quero deixar claro que esta não é uma avaliação moral tipo certo ou errado. estamos falando do mundo dos negócios, e de nosso lugar neles, de como usar nossa experiência adquirida e nosso conhecimento de maneira ética para levar valor a nossa atividade profissional.
No universo empresarial, vamos encontrar empresas cujas marcas, passam o conceito de preço baixo. Embora isso possa significar baixa qualidade, outras marcas, exatamente ao contrário, passam a ideia de caro, pois o alto valor agregado têm como maior atributo a qualidade, ou a somatória de características, que para o consumidor significa status, ou sofisticação. Em ambos os casos, duas coisas são importantíssimas, a marca da empresa e a percepção decisiva do consumidor. Neste caso o "cliente" e sua opinião são os fatores decisivos para o que chamamos de valor, e ele estará disposto a pagar o preço para satisfazer sua apreciação pessoal.
Isso também acontece em base pessoal, quanto ao EU S/A.
Luxo, conforto, segurança, modernidade, liberdade, cultura, poder, aventura, sedução, são alguns exemplos de valores que podemos apreciar com maior ou menor intensidade, a ponto de, conscientes ou não, sacrificarmos nossa existência por eles. Na construção do nosso EU S/A (marca pessoal) não é diferente. Precisamos ter plena consciência dos valores nos quais acreditamos para construir um conceito claro diante dos demais à nossa volta.
Uma frase que um amigo gosta muito de usar e que se aplica muito ao que estou abordando: Cuide de sua reputação e ela cuidará de você!.
Ao desenvolver o projeto do seu EU S/A, é fundamental que realmente trabalhemos nossa marca pessoal, de dentro para fora. Nunca ao contrário. Nossa imagem pode até ser encantadora, contudo nunca será duradoura se for o objetivo de nossa construção. lembre-se: a opinião do cliente vem de sua sensibilidade e, por que não, de sua experiência com a empresa (Você!) e dos serviços prestados.
Não importa se algumas decisões do passado foram equivocadas por imaturidade, ou se alguns caminhos foram inadequadamente escolhidos, por impulso, como atalhos: O que conta é que nossa consciência seja despertada para os valores com os quais nos identificamos. E neste caso, resolver prontamente os problemas, e mesmo mudar de rumo, quando descobrir que o que escolhemos não é adequado.
São esses valores e conceitos que conscientemente escolhemos como nossa marca registrada, nosso EU S/A.
Nunca esqueça, poderá até necessitar e ter ajuda, mas o roteiro da sua história, só você tem o poder e o direito de escrever!
Minha opinião acima é baseada no Livro O Mentor Virtual.Editora Komedi – Campinas-SP
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